quinta-feira, 18 de abril de 2024

BBB24

Assisti ao BBB24 em inúmeras plataformas. Acho que foi o ano que diversifiquei muito por onde assisti. Pela TV Globo porque é sempre o melhor ver ao vivo com muita gente comentado no twitter, instagram, inclusive o meu grupo de amigos no Zap. Mas eu via ainda as entrevistas no Multishow e Globoplay. Foram muitos programas. Foi uma edição que gostamos muito! Mesmo que sem paixões, adorava acompanhar os participantes.

Fiquei muito feliz com a vitória do Davi, longe de ser meu favorito ele mereceu muito o prêmio. Batalhador, focado, insistente, um pouco além da conta, ele foi um grande jogador no BBB e um grande lutador na vida aqui fora desde criança. Não acho que BBB deva ser um programa assistencialista, que deva premiar pobrinhos, mas dá muito orgulho ver tantos participantes batalhadores, com uma vida difícil além da conta. O BBB reforçou o quanto o Brasil é desigual e o quanto uma minoria explora e humilha a grande maioria, que pelas inúmeras adversidades, nem sempre tem estudo suficiente, equilíbrio emocional suficiente pra lidar com suas questões. O BBB desse ano escancarou as diferenças sociais, inclusive financeiras. Eu adorava Matheus, outro batalhador pobre do interior do Rio Grande do Sul, que tinha um orgulho gigantesco de sua família. 
Davi foi violentamente perseguido na casa, não podia nem respirar que tudo era culpa dele. Sim, ele gastou comida demais em um café da manhã, mas assim que conversaram com ele, foi reduzindo os exageros, mas continuava a preparar a mesa pra todos. Sim, não sabia parar de falar, era chato às vezes, mas nunca mal, equivocado algumas vezes, mas diferente dos que o acusavam, ele teve muita dificuldade de estudo e de se informar. A perseguição me levou às lágrimas muitas vezes. É pavoroso ver alguém ser ignorado. Levantavam quando ele chegava, passavam por ele como se fosse invisível. Chorei muito quando ele mostrou sinais de não aguentar mais tanta perseguição. Mas sabe por que ele quis apertar o botão? Por que ele viu que as pessoas que insistiam em ficar do lado dele passaram a ser atacados e votados também. Ele não aguentou ser responsável pelos outros além de tudo o que já sofria, foi demais pra ele. Que bom que não desistiu. Só Davi e Isabelle que souberam disso tudo, os dois não contaram pra ninguém, não exploraram a piedade dos outros. Todos quando acordaram acharam que tinha sido uma noite como outra qualquer.
Bia foi um fenômeno no jogo. Over até não poder mais ela acabou estimulando os pipocas a igualmente elogiar os patrocinadores que devem ter amado o programa. Ela fazia comerciais como sempre fez no Brás, os outros muitas vezes só elogiavam, mas foi uma das primeiras edições que os participantes não paravam de elogiar os produtos, que ficavam felizes com qualquer prêmio. Eu adorava a Alane e a Deniziane, fiquei muito triste quando a Deniziane saiu, mas realmente ela foi magoando as pessoas e foi pela saída dela que Davi se fortaleceu se unindo as fadas. Alane sofre um grande baque na primeira grande briga do BBB. Fernanda resolveu falar do corpo dela. Inteligente, Alane dizia: você está falando do meu corpo. Infelizmente Fernanda não parou e só piorou os ataques. Uns dias depois uma edição mostrou Alane dizendo que após aquele ataque tinha dificuldade de por biquini e ir pra piscina. Depois dessa briga Alane passou a ser uma das minhas favoritas. 
Foi a edição dos endividados. Boninho avisou que quase todos tinham dívidas, inclusive os camarotes. Espero que reconsiderem camarotes na próxima edição. Os realities tem tido muita dificuldade de conseguir famosos pra suas edições. Como vários veem que nem sempre uma participação pode ajudar a alavancar uma carreira, ou mesmo voltar a trazer atenção a um famoso mais esquecido. Muitos saem muito mais muito queimados. Desde Karol Conká, a Globo tem sido mais cuidadosa com os famosos. Então esse tratamento diferenciado acabou sendo injusto com os pipocas. Em edições protegiam os camarotes, enquanto os pipocas eram expostos sem piedade. Fora da casa a diferença era igual. Camarotes participavam do programa do Huck, do Fantástico. Enquanto davam desculpas esfarrapadas para a não participação de alguns pipocas nos mesmos programas. Também na hora de comemorar prêmios, brindes, era muito comum caras de tédio, menosprezo dos camarotes, por valores que pra eles eram baixos. E euforia dos que precisavam de qualquer centavo de prêmio. Me incomodava também o Sincerão, que continuava a ser um Jogo da Discórdia. Criado pra tirar o jogo da pasmaceira, já vem nas últimas edições sendo uma incitação a violência.
Adorava Fernanda e Pitel. Incorretas em muitos momentos, elas eram o contraponto do quarto Fadas. Gnomos, elas eram ranzinzas, ácidas, mas incrivelmente perspicazes, viam o que muitos não viam. E viviam na cama. Boa parte das articulações eram na cama, então pra alguns eram plantas porque ninguém as via pela casa. Os memes foram maravilhosos. O vídeo da Fernanda na cama foi genial!

Eu adorava o Nós Vamos Invadir a sua Casa do Marcos Veras, até porque não tinha um formato sempre igual. Suzana Vieira foi icônica. Ficou principalmente como líder, com direito a fotos. Ary Fontoura quis usar a toca da Pitel. Sabrina Sato foi encontrar com os brothers. Deborah Secco estar em uma cama. Vários entraram na casa pra curtir a piscina. Foram dinâmicas diferentes e muito divertidas as ações do quadro.

Eu gostava bastante do Bate-Papo BBB no Gshow e Globoplay com o eliminado. Entrevistavam os ótimos Thaís Fersoza e Ed Gama. A edição preparava muito cuidadosamente os vídeos, as artes. Thaís foi muito criticada por ter ido pesado em um participante, aí ficou leve demais. Um meio termo seria melhor. Era depois da eliminação, então eu só via em outro dia e horário. E só vi os participantes que gostava. Quando não gostava às vezes via trechos nas redes sociais. Era divertido ver os que perseguiram Davi descobrir que ele tinha mais seguidores que todos, inclusive os famosos.










 


Beijos,
Pedrita

terça-feira, 16 de abril de 2024

Transparent things de David Batchelor

Fui a exposição Transparent Things de David Batchelor na Galeria Leme. Fiquei profundamente impactada com as obras. Amo cores, adorei as texturas. Fui no instagram do artista @chromochrome e é uma beleza de cor. O artista é escocês.
 

Essas duas obras são Inter-Concreto 43 e Inter-Concreto 18

Essa série chama Concretos. São várias obras colocadas em concretos.

Eu fiquei fascinada! A mostra Transparents Things fica em cartaz até dia 11 de maio e é gratuita!

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Eileen

Assisti Eileen (2023) de William Oldroyd no TelecinePlay. Nunca tinha ouvido falar nesse filme. Zapeando vi a Thomasin Mckenzien que adoro, fui na busca no Now e vi que o filme já estava disponibilizado, meio escondido. O Telecine no Now anda bem desorganizado, tem filme disponível que não aparece nas pastas. É baseado no livro de Otessa Moshfegh que quero muito ler. É melhor ver o filme sem ler nada antes, ir descobrindo como eu fiz, porque é surpreendente!

A protagonista tem uma vida miserável. O filme fala de um período da vida dela, um tempo antes do Natal e uns dias depois. Ela tem um pai ex-policial, alcoólatra e violento. Ela vive tendo que tirar a arma da mão dele que ele fica atirando pro alto, separando de brigas com os vizinhos. Ela que cuida de tudo, compra diariamente as duas garrafas de bebida, tira as vazias e coloca a cheia. E trabalha em um reformatório. No filme traduziram como presídio, mas me pareceu que era somente de menores de idade. No Brasil mesmo já mudou o nome, não sei como chama nos Estados Unidos. Ela tem um trabalho burocrático, nada relevante e é meio invisível. O filme fala de vidas miseráveis, de lugares muito violentos, sem perspectivas.
Uma psicóloga chega para trabalhar no local e a enxerga. Elas se aproximam. A psicóloga é Anne Hathaway. O pai, Shea Whigam. Tem horas que parece filme antigo, muito bem realizado. Os carros são lindos. Adorei os figurinos. A trilha sonora é maravilhosa e tem várias músicas de Natal já que é a época que passa o filme.

Beijos,
Pedrita

sábado, 13 de abril de 2024

Elas por Elas

Assisti Elas por Elas (2023) na TV Globo. O remake foi escrito por Thereza Falcão e Alessandro Marson. Eu adorava essa novela. Gosto muito de tramas com vários protagonistas, essa tinha 7 protagonistas. Infelizmente a novela foi mal do ibope, a Globo promoveu um encontro com pessoas que parece que não viam a novela. Então foi uma tristeza ver a trama entrar pro sensacionalismo. Foram 5 sequestros, um interminável, mas os outros eram longos também, e infelizmente aumentou o ibope. E foi desnecessário! Essa trama tem segredo e surpresa que não acaba mais, era só adiantar algumas revelações. 
É um remake. Não sei se concordo com essa profusão de remakes. Essa ideia de que funciona é relativo. A arte é sempre imprevisível, e que bom! Essa busca incessante por números, seguidores, prejudica muito os trabalhos. O texto original é excelente! Fiquei muito triste que não emplacou. 7 amigas se reencontram 20 anos depois, então eram 7 amigas na faixa dos 40 anos. 20 anos antes elas estavam na casa de campo de uma delas, e acontece a morte de um deles. Elas se separarem. Todas as tramas eram excelentes! Não sei nem onde por começar.
Como amava René. Maria Clara Spinelli estava incrível. René é daquelas amigas que queremos ter. E muito triste sua história. Seu marido (César Mello) desaparece levando tudo, o apartamento não tem mais nada. Eles tinham uma padaria. Que por dívidas faz René ir pra rua pela sua casa e pelo seu trabalho. Os dois filhos dele (Bia Santana e Richard Abelha) ficam com ela, que mãe amorosa. Uma adolescente. Ela tem que se virar para dar conta de continuar sustentando-os. Confesso que o desfecho de René me incomodou demais. A novela forçava o perdão em várias tramas. Fizeram vários recursos pra ele ser perdoado. Viciado em jogos, endividado, tentava pagar agiotas. Aí ele fica muito, mas muito doente, precisa de transplante. E René com pena, perdoa. René foi a mais injustiçada da trama. Traída por todos, pela filha, marido, irmã, namorado (Pedro Caetano), fica bem no final porque teve que perdoar na marra todas as violências que sofreu. Foi muito injusto com a linda personagem.
Eu adorava também Carol com a excelente Karine Teles. Cientista, pesquisadora, era uma mulher livre, sem medo do amor. Teve vários namorados na trama. Eu torcia pelo Marcos, Luan Argollo. A trama teve uma enorme dificuldade de bancar os relacionamentos que tinham mais química e que o público mais gostava.

Sim, gostei do casamento com a Natália, Mariana Santos, mas estava longe de ser o meu casal favorito. Carol recebeu uma proposta pra continuar suas pesquisas no Canadá, Natália seguiria com ela, a trama deixou meio no ar. O tempo todo os personagens queriam que Carol não fosse, achei um horror. Carol foi outra que forçaram um perdão a mãe (Julia Lemmertz) que a abandonou. A novela parecia acreditar na falácia do amor materno.

Márcia é outra que fizeram René engolir. Adorei que Mary Sheila ganhou um grande personagem. Márcia abandonou os filhos pequenos e volta mais de 10 anos depois. Sim, ela teve depressão pós parto, tinha um marido abusivo, ausente e que a endividava, o que fizeram a René engolir de novo. Mas é fato que Márcia levou décadas pra voltar porque quis ser livre e irresponsável. Coitados dos filhos que tinham esses pais, que bom que eles tinham René. Márcia era uma grande perfumista. Entendo a reaproximação, a guarda compartilhada, a convivência pelos filhos, mas forçar amizade com René, aí é demais. E foi dessa forma, René, a boa, que tinha que tentar ser amiga da egoísta. Ninguém pedia pra egoísta tentar ser amiga da René. René que tinha que abrir mão de suas dores, perdoar e tentar uma amizade.
Adorava o núcleo da Adriana. Mais uma grande personagem da Thalita Carauta. E como sofreu! Mas diferente da René, ela sempre bateu o pé pra ser respeitada. Ela tem uma das tramas mais complexas da novela, cheia de segredos. Só com o tempo que ela descobre que o pai de sua filha era o sogro de seu amado, o ótimo Mateus Solano. Quando ela engravida, menina ainda, é sua tia que a ajuda e vira seu braço direito. Adoro a Maria Ceiça, fiquei feliz que arrumaram um romance pra ela no final. Adriana e sua filha eram veterinárias. A tia trabalhava no Pet Shop que elas tinham.
Adorava Lara e Mário, o casal de maior química da trama e esses não foram separados. Lara, advogada, abandona a profissão pra cuidar da casa e dos filhos. Começa a trama ela ficando viúva e descobrindo que seu marido teve muitas amantes. Mário era o icônico Mário Fofoca, o detetive da trama. Sempre tinha ouvido falar do personagem, um detetive atrapalhado, na trama, apesar de ser muito, mas muito atrapalhado, era quem descobria os segredos. Débora Secco e Lázaro Ramos estavam demais. Amava Lara pulando o sofá.
Amava a família do Mário e da Taís. Me diverti muito com Raquel e Evilásio, principalmente quando eles passaram a ajudar o filho e ficavam vendo as câmeras do vilão de Cássio Gabus Mendes como se fosse BBB, com direito a pipoca e tudo. Adoro Maria da Penhah e Cosme dos Santos, grandes atores. Os figurinos dela eram demais. Raquel se aposenta na trama, o marido já era aposentado e cuidava da casa. 
Kesia fazia a filha deles, a Taís, e estava maravilhosa. Lindas as conversas com a mãe, tão acolhedora. Foi muito bonito que Pedro de Alexandre Borges assumiu o filho dela do relacionamento anterior. Sua personagem passou grávida a trama toda. Na internet já brincavam que o bebê só nasceria no próximo remake.

Dois casais que deram muita química e não entendi porque foram separados eram Chris e Tony e Yeda e Edu, esse então com menos lógica ainda. Edu tinha sido infiel a esposa (Monique Alfradique), era sedutor,  mas Yeda era livre e nunca quis relacionamento fechado, era o casal ideal. As duas eram irmãs com as ótimas Valentina Herszage e Castorine. Chris era uma fera em redes sociais e Yeda uma jovem advogada. Tony era um fera de internet e Edu de Luís Navarro um personal trainer.
Esther Góes fez uma participação especial. Ela foi Adriana na primeira trama. Foi muito linda a personagem que criaram pra ela. Giovane de Filipe Bragança ficou muito sozinho quando descobriu que foi trocado na maternidade, sua mãe tinha morrido. Então criaram uma avó. Foi meio corrida a trama, meio atropelada, mas muito bonita. Fiquei muito emocionada! Jonas Bloch também do outro remake também ganhou um personagem.
Helena e o pai eram os grandes vilões da trama. Isabel Teixeira e Marcos Caruso arrasaram. Tinham vários outros atores incríveis que apareceram: Ludmila Rosa, Paula Cohen, Luciano Mallmann, Rayssa Bratilieri, Regiana Antonini, Antonio Tabet, Erom Cordeiro e Diego Cruz. O final foi bem atropelado, foi uma pena. Perderam demais tempo com os sequestros, perseguições, algumas tramas ficaram apagadas. Mesmo assim adorei a novela.



Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 11 de abril de 2024

A Lista do Sr. Malcolm´s

Assisti A Lista do Sr. Malcom (2022) de Emma Holly Jones no TelecinePlay. Não sou nada fã de comédias românticas. E esse tem um roteiro artificial e infantil. Nunca tinha ouvido falar desse filme e poderia continuar sem saber. Parece que o livro de Suzanne Allain só chegou no Brasil depois. É bastante adorado!

Começa com duas amigas na escola. Uma é rica da cidade, a outra pobre do interior. Elas crescem, a rica é humilhada pelo Sr. Malcolm, vira charge que nunca conseguimos ver e é chacota na cidade. Pra se vingar ela chama a amiga pobre pra imitar a lista do Sr. Malcolm pra conquistá-lo, humilhá-lo e se vingar. As duas são lindas Freida Pinto e Olivia Jackson-Coen. Malcolm é Sope Dirisu. O elenco todo é muito bonito.
Bom, já podem imaginar, eles se apaixonam e ele se sente traído pela tramoia. Tudo soa falso. Esse olhar romântico a filme de época me incomoda. Fizeram aparecer só dois felizes e saltitantes empregados, mas qualquer pessoa riquíssima é sempre por ter explorado mão de obra. 

Há um baile de máscaras que precisaria de um séquito de empregados pra realizar, mas eles são inexistentes na trama. Uma época que nem se vestir sozinhos as pessoas se vestiam, eles não existir é muito falso. O filme também é cheio de moral da história disso, moral da história daquilo. É falso demais o arrependimento do jovem a sua lista machista e arrogante. A mãe dele explica pra ele e pra nós porque o coitadinho a criou. Muito rico, coitado, dá até dó, ele fez a lista de proteção a oportunistas. Esse argumento cai por terra porque a lista não tinha nada de analisar oportunistas e sim características de moças "de bem" e casadoiras.

Beijos,
Pedrita